Proyectos de workplace : Os 10 erros que as empresas devem evitar
2025

Kardham revela novo white paper: 10 erros a evitar num projecto ed transformaçao do local de trabalho.
Após o sucesso do amplamente partilhado “10 Mitos sobre o Local de Trabalho”, o departamento de I&D, liderado por Nicolas Cochard, lança uma nova edição ousada da sua série “TOP 10”. Intitulado “10 Erros a Evitar num Projeto de Transformação do Local de Trabalho”, este novo white paper oferece um enquadramento estratégico e rigoroso para ajudar as empresas a evitar as armadilhas mais comuns — e dispendiosas — na transformação dos espaços. A principal mensagem? Embora a transformação dos locais de trabalho seja hoje mais urgente do que nunca, as empresas devem lembrar-se: transformar um espaço é transformar uma organização. E mais do que um projeto imobiliário, trata-se de um desafio humano, político e cultural.
O espaço é cultura
Transformar um local de trabalho não se resume à metragem ou ao design na moda — trata-se de como uma empresa trabalha, colabora e evolui. Esta é a mensagem central deste white paper. Longe de ser um simples checklist genérico, o documento analisa os riscos ocultos dos projetos de espaço e defende com força a criação de ambientes de trabalho à medida — que aliem eficiência económica às necessidades dos colaboradores, à cultura organizacional e às novas exigências do trabalho híbrido.
Combinando experiência de campo e perspetiva académica, este white paper resulta de um diálogo contínuo entre especialistas e investigadores. Destina-se a dirigentes, líderes de RH, equipas de imobiliário corporativo, gestores de transformação, arquitetos e consultores. Identifica 10 erros críticos a evitar, cada um acompanhado de recomendações práticas e testadas no terreno — tudo para ajudar os decisores a irem além da lógica funcional e avançarem para uma transformação estratégica centrada nas pessoas.
5 (dos 10) erros de transformação do local de trabalho que podem sair caros
Confundir rapidez com pressa
Avançar depressa não é o mesmo que avançar bem. Apressar um projeto sem dar tempo às equipas para se adaptarem pode enfraquecer o envolvimento e gerar mal-estar duradouro. Transformar um local de trabalho desencadeia frequentemente uma fase de desespacialização — perda de referências, desorientação, sensação de insegurança. Sem tempo dedicado à resespacialização, a mudança é sofrida, não adotada, tornando-se contraproducente. Tentar mudar tudo de um dia para o outro é uma armadilha clássica. Porque todos sabemos que mudar o cenário sem reescrever o guião é receita para o fracasso.
Falta de uma orientação clara
Sem bússola, até as melhores equipas andam à deriva. Um projeto de transformação espacial sem uma visão clara e uma ambição partilhada carece de direção e gera confusão. Seja por ausência de um modelo de transformação participativo e horizontal, seja por um modelo demasiado diretivo e vertical, os mal-entendidos, os rumores e as frustrações proliferam. Liderar um projeto de transformação implica ancorá-lo numa visão clara, amplamente partilhada e comunicada de forma eficaz e coerente. Porque não se mobiliza sem sentido, nem se transforma sem levar as pessoas consigo.
Ignorar a cultura da empresa
Design “tamanho único” não funciona. Cada organização tem a sua identidade cultural: umas são inovadoras, outras mais conservadoras; umas funcionam verticalmente, outras horizontalmente; umas valorizam a autonomia, outras o controlo. Ignorar estas caraterísticas é um erro grave. Conceber um local de trabalho sem integrar a dimensão cultural pode resultar num ambiente desadequado — ou mesmo rejeitado. O espaço nunca é neutro: reflete a forma como as pessoas trabalham, colaboram e se ligam. Ignorar esta lente cultural é esquecer que se está a projetar para comunidades humanas reais. E um espaço que não ressoa com os seus utilizadores nunca será verdadeiramente vivido.
Confundir igualdade com equidade
Justiça não é tratar todos da mesma forma. Num projeto de transformação, oferecer espaços idênticos a todos pode parecer mais simples… mas raramente é pertinente. Estilos de trabalho, funções e perfis são diferentes — e as necessidades também. Equidade é reconhecer essa diversidade e responder-lhe. Ignorá-la leva rapidamente à criação de espaços que não satisfazem ninguém. Porque, por muito bem desenhado que esteja um campo de voleibol, nunca servirá para uma equipa de andebol.
Esquecer que um local de trabalho é… para trabalhar
Na comunicação social e nas redes sociais, o escritório é muitas vezes retratado como símbolo de modernidade e flexibilidade. Mas convém lembrar que o principal fator de satisfação no local de trabalho é este: permitir um bom desempenho. Na corrida por criar escritórios “inspiradores”, esquecemos por vezes a sua função primária: ajudar as pessoas a fazer o seu trabalho. Um espaço agradável, sim — mas, acima de tudo, útil, adequado e eficiente. O trabalho híbrido reforçou o valor social do escritório, mas não devemos perder de vista o essencial: concentração, autonomia, produtividade individual. Um espaço bonito, mas mal concebido, continua a ser uma limitação. Porque um local onde não se consegue trabalhar acaba por ser abandonado.
Leia aqui os 10 erros a evitar na transformação dos locais de trabalho
“Quando se procura transformar o espaço de uma organização, desencadeia-se uma reação em cadeia: o local de trabalho é simultaneamente uma ferramenta de trabalho, um mecanismo estrutural, um ponto de ancoragem territorial e uma expressão da identidade. Transformar um local de trabalho nunca é um ato neutro — toca no cerne do modo de funcionamento, da estrutura institucional e da expressão da identidade. E, acima de tudo, afeta as pessoas. Com demasiada frequência, estes aspetos psicossociais e intangíveis são subestimados ou ignorados em favor de abordagens excessivamente económicas. Com este novo white paper, quisemos partilhar perspetivas do terreno e da investigação académica, para ajudar os líderes de projeto a encontrar o equilíbrio certo entre todas estas dimensões. Ao cruzar o olhar científico com a realidade operacional, esperamos ajudá-los a evitar erros frequentes, muitas vezes invisíveis — mas sempre impactantes. Um local de trabalho não é apenas um espaço funcional. É uma alavanca estratégica, uma ferramenta de gestão e um meio cultural. E como tal, deve ser concebido com método, intenção e profundidade.”
— Nicolas Cochard, Diretor de I&D, Grupo Kardham